De acordo a literatura científica, os microrganismos probióticos devem chegar vivos no trato gastrointestinal para que exerçam um efeito benéfico para a saúde de humanos. Sendo assim, estes microrganismos devem ser resistentes à alta acidez estomacal e à bile. No entanto, estudos mais recentes relacionam o consumo de bactérias probióticas inativadas (pelo calor, irradiação...), originando os chamados Paraprobióticos.
Estas bactérias não viáveis apresentaram efeitos benéficos, tais como: atividade imunomoduladora, aumento da produção de citocinas anti-inflamatórias e no combate dos radicais livres.
O mecanismo de ação dos paraprobióticos ainda não é bem entendido e novos estudos estão sendo realizados.
Estas descobertas podem ser úteis para a indústria alimentícia, como no caso da indústria de laticínios, já que os paraprobióticos apresentam pouca ou nenhuma interação com os componentes das formulações, o que resulta no aumento de sua vida-de-prateleira; podem ser adicionados ao leite antes da pasteurização sem sofrer alterações pelo calor; apresentam grande estabilidade térmica, o que facilita o transporte, armazenamento e manipulação.
Outra vantagem dos paraprobióticos é que podem ser consumidos por pessoas com o sistema imunológico comprometido, sendo mais seguros nos casos em que os probióticos não podem ser utilizados.
Texto produzido por André Mezzomo –
Professor Me. do IFRS Campus Bento Gonçalves
Nós da @alimentosemeioambiente agradecemos o professor André pela sua contribuição. Levar informação é essencial para a construção de um sistema melhor.
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